Um mundo sustentável se viabiliza na medida em que as pessoas percebem a complexa inter-relação entre si e o meio onde vivem.

Assim como a ciência moderna inclui o observador como parte da experimentação científica, o pensamento sustentável transcende a ideia de uma realidade preexistente que precisa ser compreendida. O mundo é como é por que os seres vivos, incluindo o ser humano, são o que são e vice-versa. Nesta abordagem, a cultura da paz faz toda a diferença.

Segundo a psicoterapeuta Adriana Fitipaldi, pesquisas mostram que as pessoas, de um modo geral, ainda têm uma concepção reducionista sobre o significado da paz, como sendo a ausência de algo, do conflito, da guerra. Para ela, a paz não se faz pela eliminação do conflito, muito pelo contrário.

O conflito se estabelece ao se deparar com o novo que estimula a agressividade humana, portanto, é natural, é oportunidade de crescimento. Neste contexto, a paz é a capacidade humana de administrar a agressividade, evitando transformá-la em violência, para construir o que realmente vale a pena, um mundo sustentável.