A dieta pobre em nutrientes dos adolescentes tem deixado especialistas apavorados e, pior ainda, colocado a vida dos jovens em risco com aumento de chances de diabetes, obesidade e doenças cardíacas. Um estudo inglês do Government’s National Diet and Nutrition Survey concluiu que os jovens deveriam beber apenas um copo de suco de frutas por dia, isso porque meninos e meninas entre 11 e 19 anos comem 42% mais açúcar do que deveriam e 14% mais gordura saturada do que o recomendado. As informações são do site Daily Mail.
Os números são alarmantes, já que apenas 10% dos meninos e 7% das meninas inglesas comem as cinco porções de frutas e verduras diárias. Mas a preocupação não é só com as crianças, uma vez que apenas 30% dos adultos comem esta quantidade ideal de legumes e a maioria excede em 10% o limite de consumo diário de açúcar.
Ainda de acordo com a pesquisa, crianças menores de 10 anos excedem em 34% o limite do consumo de açúcar, isso porque têm o cardápio cheio de suco de frutas, refrigerantes, barras de cereais, biscoitos e bolos.
Se por um lado o excesso de açúcar faz mal, de outro, a falta de nutrientes também traz problemas. Tanto os adultos como os adolescentes estão consumindo somente a metade semanal ideal de peixe e leguminosas, alimentos que protegem contra doenças do coração, câncer e demência.
A pesquisa ouviu quatro mil pessoas entre 2008 e 2012 e concluiu que 48% dos adultos têm níveis anormais de colesterol, o que agrava os riscos de doenças cardíacas e derrames.
“Não há mágica para resolver estes problemas, mas pais, escolas, restaurantes, governo e a indústria alimentícia precisam se unir para mudar este cenário”, afirma Simon Gillespie, executivo do British Heart Foundation. E, completa: “da parte governamental, precisamos de medidas rápidas e eficazes contra as táticas de marketing sob as crianças”.
O atual programa do governo britânico, chamado de Change4Life, já investiu £65 milhões (aproximadamente R$ 240 milhões) desde 2009 em propagandas na televisão, sites, linha telefônica de ajuda e centros esportivos para combater a obesidade. No entanto, críticos alegam que seus efeitos têm sido mínimos.